quarta-feira, 27 de julho de 2011

eu não sinto senão dores de garganta

fico feliz por sentir alguma coisa.

não há mar que seja de regresso
que me faça querer partir
para depois voltar
nunca somos os mesmos
mas tentamos imitar-nos todos os dias
pobres tristes solitários
nascemos enlatados
o que me traz aqui hoje
nunca é o mesmo motivo de ontem
e se motivos são razões
que mais não é a razão que a desculpa do pensar
por falar em desculpa desculpe-me
sou porco e dou tiros para o ar
tento matar pombos
e eles cagam-me em cima

não sei mais viver mas a minha propaganda é boa

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